VOCÊ É GENTIL COM QUEM VOCÊ NÃO CONHECE?

Eu tenho por hábito ir ao supermercado umas três vezes por semana. Faço compras pequenas. Moro sozinha, assim evito desperdício.
Ao lado da minha casa, tem pelo menos uns 4 ou 5 mercados que eu consigo ir a pé.

Teve um dia – não me lembro quando – que levei minha sacola retornável, pois iria fazer uma compra um pouquinho maior. Nada demais.
Mas saí do supermercado com a sacola pesada. E tinha que andar umas cinco quadras até em casa.
Anda um pouco, para um pouco, troca a sacola de mão. E assim fui, devagar!
A duas quadras de casa, cruzei com um homem que entrou na mesma ruela que eu entrei. Ele passou na minha frente, porém, parou e esperou que eu o alcançasse.
Já era final do dia, ele estava com uma mochila e se dirigia ao ponto de ônibus.

Ele: Quer ajuda?
Eu: Eh, eu carrego uma alça você carrega a outra?
Ele: Não! Deixa comigo!
Pegou a sacola e continuou: Tá pesado isso pra você!
Eu: Ah, to acostumada! Mas obrigada!
Seguimos andando mais um pouco, ele iria para o ponto de ônibus, e meu prédio seria para outro lado.
Eu: Pode deixar que eu levo daqui. Sei que você deve estar indo pegar o ônibus.
Ele: Para com isso! Eu levo até a porta da sua casa.
Eu: Nossa, obrigada por tanta gentileza! Tão raro isso nos dias de hoje!
Ele: Imagina! Não me custa nada.

Chegamos na porta do meu prédio, eu agradeci novamente, dando um aperto de mão e perguntando o nome dele: China!
Nunca mais esqueci!
Uma pessoa gentil, de graça, sem nenhum outro tipo de conotação na abordagem dele (antes que alguém pense que poderia ser uma cantada ou algo parecido).

Daí eu me pergunto: somos gentis com quem não conhecemos?
Quando foi a última vez que você ajudou um desconhecido?
E quando foi a última vez que um desconhecido foi gentil com você?
É preciso estar aberto para receber gentilezas e é preciso estar disposto a fazer!
O que você tem feito para mudar o seu entorno?

VOCÊ É GENTIL COM QUE VOCÊ NÃO CONHECE?

crisg

No mercado de comunicação desde 2002, tive a oportunidade de atuar em agências, empresas e órgãos públicos. Conheci e trabalhei com grandes figuras deste país. Sempre busquei me aprimorar, me diferenciar e fazer uma boa história por onde passei. Trabalhei do mercado de luxo a assistência social. Passando por todas as nuances, todos os desafios até entender que não interessa o mercado, o dinheiro, o segmento: somos todos seres humanos! Querendo ser ouvidos! Querendo dizer algo!