Quem me conhece ou me acompanha nas redes sociais sabe que a corrida faz parte da minha rotina.
É quase uma terapia!
Em 2017, ano “PUXADO”, me lesionei.
Depois de uma prova de 15 km senti uma dor no quadril. Achei que era cansaço, e não parei de treinar.
Foi um mês correndo com dor, o corpo “gritou”. Quebrei de vez!
Minha comadre, ortopedista, constatou: tendinite.
Tudo que termina em “ite” é um porre pra tratar.
O pior não era a constatação da lesão. O que trata tendinite é fisioterapia. Eu, sem plano de saúde, sem ter pra onde olhar, simplesmente não sabia o que fazer.
Nesta época estava mais “recolhida”, falava com menos amigos ou pessoas. Alguns, bem poucos, que sabiam que eu estava numa fase mais puxada, ligavam, ou mandavam mensagem perguntando se tava tudo bem.
Um dia o JP me ligou. Eu tava “bicuda”, porém ele costuma ser bem paciente.
Meu mau humor tinha a ver com a lesão, porque ficar sem correr naquele momento foi duro pra mim.
Entre uma patada e outra expliquei pra ele que estava lesionada e sem condições de me tratar.
JP fala: “Anna Cristina, você sem namorar e sem correr? Ninguém vai te aguentar! Vou resolver isso!”.
Na hora ele me passou o telefone de um amigo dele que é fisioterapeuta e disse: “Vai lá! O tratamento é por minha conta. Veja quantas sessões precisa, deixa o profissional falar, e não se preocupe. Você vai ficar bem.”
Foram 15 sessões de fisioterapia! Dois meses de tratamento!
Eu fiquei sem palavras! Aquele amigo que caiu do céu!
Quando agradeci, ele falou: “Hoje é que eu posso fazer por você! Se pudesse mais, faria mais.”
O JP não é um amigo que eu falo todos os dias, o vejo muito pouco.
Amigo não tem a ver com frequência né?
Amigo tem a ver com essa disposição de ver o outro bem! De entender , de não julgar!
Pra mim, além de ter certeza de ter bons amigos, esta história reforça o “entorno”. O ajudar o próximo mais próximo.