Eu já andei diversas vezes de ônibus, e ainda ando, mas foi só no começo deste ano, 2018, que fui adquirir o bilhete único.
Antes pagava em dinheiro, mesmo sabendo que eventualmente poderia economizar utilizando o bilhete.

Na sua versão mais atual, com foto e tal, eu com bilhete em mãos, e a menina do financeiro que trabalhava comigo disse: já foi creditado o valor, pode utilizar.

Saí em direção ao ponto, pronta para estrear o meu bilhete.

Entro no ônibus, junto com outras tantas pessoas, e me aproximo da catraca.
Vou passar o meu bilhete, e acusa: saldo zero!
Tento de novo, e a mesma coisa! O bilhete único não funcionou!
Já sem graça, saí para que os outros passageiros pudessem passar.

Sento num banco antes da catraca, preocupada, pois sabia que poderia não ter o dinheiro.

Enquanto reviro a bolsa, ao mesmo tempo mando mensagem para a menina do financeiro, dizendo que deu saldo zero!

Quando levanto minha cabeça pra começar a contar as moedas, um rapaz que me observava perguntou: tá sem dinheiro né?
E eu: putz, to! Deu algum problema aqui no meu bilhete e pior que nem adianta falar com a menina da empresa.
Ele: eu pago! Passa aqui comigo!
Tirou uma nota de 10 e pagou a minha passagem e a dele.

Passamos a catraca … e eu agradeci mil vezes!
Perguntei o nome dele: Guilherme.

Eu: Guilherme, você tá neste ponto todos os dias? Posso trazer amanhã o dinheiro para você.
Ele: Imagina! Fiz isso por você porque tenho certeza que você faria por outra pessoa. Quando tiver a oportunidade eu sei que você vai ajudar alguém.

A viagem seguiu, depois ainda conversamos mais um pouco e eu segui agradecendo.

Quando eu falo de empatia, de gentilezas, é disso que eu estou falando. Dos gestos do dia a dia. De olhar para o próximo mais próximo.
Eu saí feliz do ônibus … querendo ajudar alguém … querendo encontrar mais “Guilhermes” por aí!

Compartilhe esse post:
Comentários:
Você vai gostar também